Vaidade das buscas mundanas: impulsionada pela eternidade
A Bíblia nos diz que, no fim dos tempos, todas as nossas obras serão levadas à presença de Deus. Tudo o que fizemos, cada palavra que proferimos e tudo o que construímos será provado pelo fogo. Como diz 1 Coríntios 3:13: “As obras de cada um serão manifestas, pois o Dia as trará à luz. Elas serão reveladas pelo fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um”. Infelizmente, muitas pessoas não se dão conta de que o Dia do Juízo Final é um dos dias mais importantes da história da humanidade. Não é apenas um dia de recompensas, mas também um dia em que descobriremos se as buscas que nos motivaram tinham algum valor real.
Muitos cristãos não compreendem plenamente que o verdadeiro valor reside em viver em plena realização do propósito de Deus para suas vidas. O próprio Jesus disse em João 4:34: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra”. Permita-me explicar algo que pode ajudar: você sabia que nem todas as pessoas na Terra experimentarão a morte no dia do Juízo Final? Embora todos enfrentem a morte física, alguns viverão em paz e descanso eternos, enquanto outros experimentarão o julgamento e o sofrimento eternos. Deus criou a humanidade com uma natureza que nos torna seres eternos, o que significa que não “morremos” de verdade.
Apocalipse 20:12-15 descreve isso claramente: “E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se livros. Abriu-se outro livro, que é o livro da vida... Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, conforme estava escrito nos livros... E aquele cujo nome não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”
Não vamos à igreja simplesmente para evitar a morte. Em vez disso, vamos à igreja porque queremos viver, após o Dia do Juízo Final, em um lugar de paz e descanso — e fazê-lo com uma vantagem. Mas de onde vem essa vantagem?
A Bíblia conta a história de um homem que deu talentos aos seus servos em Mateus 25:14-30. Quando o senhor retornou, um dos servos havia sido fiel e, por causa de sua administração, recebeu autoridade sobre dez cidades (Lucas 19:17). Tudo o que fazemos na Terra tem um propósito, e esse propósito está ligado às recompensas que receberemos na era vindoura. No fim dos tempos, compareceremos perante o Senhor, e Ele testará tudo o que fizemos — nossos negócios, esforços de evangelização, ofertas e programas. “Porque todos devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba o que lhe é devido pelas obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más” (2 Coríntios 5:10).
O problema hoje é que muitas pessoas não vivem mais no temor de Deus. Deixe-me ilustrar isso melhor: Conhecemos Salomão como o rei mais sábio. Sob seu reinado, o povo viveu em grande paz e prosperidade. No entanto, Salomão, ao final de sua vida, concluiu que tudo se resume a uma coisa: temer a Deus e guardar os Seus mandamentos. “Agora que tudo foi ouvido, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque este é o dever de todo homem. Pois Deus trará a julgamento toda obra, inclusive tudo o que está oculto, seja bom, seja mau” (Eclesiastes 12:13-14).
O foco de Salomão no julgamento nos lembra que toda obra que realizamos será examinada. Realizamos essas obras da maneira correta? Elas cumpriram o propósito de Deus? “Assim, pois, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12). Pode ser difícil para nós, como crentes, compreendermos a seriedade disso. Recentemente, ensinei que a Bíblia fala daqueles que dão frutos — alguns trinta vezes mais, alguns sessenta vezes mais e alguns cem vezes mais (Mateus 13:23). Poucos alcançam o nível de cem vezes mais, e ainda menos chegam a sessenta vezes mais. Muitos se contentam com menos, sem perceber que Deus deseja que o busquemos de todo o coração e vivamos no temor a Ele, sabendo que tudo o que fizermos passará pelo fogo do julgamento.
Este julgamento não visa nos condenar como cristãos, mas sim nos recompensar. No entanto, seria trágico comparecer perante Deus e ver tudo o que fizemos na Terra ser consumido pelo fogo, sem deixar nada. "Se a casa for queimada, o construtor sofrerá prejuízo; contudo, será salvo, ainda que como quem escapa das chamas" (1 Coríntios 3:15). Muitos cristãos vivem frustrados, perdendo a oportunidade de alcançar o propósito pleno de Deus para suas vidas.
Meu desejo é que cheguemos a um ponto em que vivamos em busca do propósito de Deus para nossas vidas e destinos. Vamos garantir que o que construirmos resista ao teste do fogo e traga glória a Deus, não apenas nesta vida, mas por toda a eternidade.